Sobre nós

Sobre a FCDMSP

A Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo (FCDMSP) atua em todo o país por meio de projetos inovadores e de impacto que beneficiam a comunidade e geram valor para a sociedade.

Com mais de 100 anos de história, a instituição teve sua origem no Conservatório fundado em 1904, que iniciou suas atividades em 1906 e foi a primeira escola de ensino superior dedicada à música erudita e à arte dramática no Estado de São Paulo.

Após um período de pausa nas atividades presenciais, a instituição retorna com o compromisso de compartilhar sua rica trajetória e expertise para novas gerações.

Missão

Atuar no fomento e na difusão
das artes dramáticas e da música
erudita em todo o território nacional, facilitando também o acesso à cultura e ao conhecimento em regiões não centrais.

Visão

Ser referência dentro do setor cultural brasileiro com projetos plurais e multidisciplinares, de diversos compositores, gêneros, formações e períodos musicais.

Valores

Comprometimento, ética, transparência, qualidade e parceria.

Mais de 100 anos de história

O Conservatório Musical e Dramático de São Paulo foi inaugurado em 15 de outubro de 1904 no coração da capital paulista, iniciando suas atividades em 1906. Desempenhou um papel pioneiro como a primeira instituição de ensino superior de música erudita e arte dramática no Estado de São Paulo, além de ser a primeira escola de teatro do Brasil.

A instituição foi criada num período em que a cena do teatro em São Paulo estava consolidada com a visita de atrações vindas do Rio de Janeiro e da Europa, o que incentivou a organização de sociedades dramáticas na cidade. Este momento também foi marcado pelo auge da Era do Café, o que mostrou a necessidade de São Paulo sediar um estabelecimento que pudesse oferecer formação sólida aos artistas aspirantes.

O maestro e compositor João Gomes de Araújo e o dramaturgo e jornalista Pedro Augusto Gomes Cardim, à época vereador de São Paulo, foram responsáveis pela iniciativa de criar um conservatório seguindo os moldes europeus.

Entre os anos de 1910 e 1932, a escola formou cerca de 1.500 alunos, incluindo Mário de Andrade e Francisco Mignone, que posteriormente se uniram ao corpo docente do Conservatório.

No período de 1930 houve um declínio na quantidade de matrículas, uma tendência que se seguiu nos próximos anos até chegar na crise da instituição em 1940, e entre 1942 e 1943 houve uma intervenção do governo federal na administração da escola, o que permitiu que novas montagens acontecessem.

Entretanto, durante a Segunda Guerra Mundial, a instituição entrou em decadência. Os mestres de origem alemã e italiana foram afastados pelo governo por meio do interventor Carlos Augusto Gomes Cardim, nomeado por Getúlio Vargas, que acreditava que os professores estariam envolvidos com o fascismo.

Nos anos 1950, a instituição enfrentava sérios problemas, e a falta de recursos, altas mensalidades, decadência do patrimônio arquitetônico e atrasos nos salários contribuíram para o enfraquecimento das atividades do Conservatório nos anos seguintes. Em 1976, a Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo passou a ser a mantenedora do CDMSP.

Na década de 1980, o edifício estava deteriorado e foi feita uma intervenção para recuperá-lo, porém, em 1984, as obras de restauração do prédio principal que tinham sido apenas iniciadas foram interrompidas por falta de verba. Já em 1992, o prédio do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo foi tombado como Patrimônio Histórico pela municipalidade por meio de uma resolução do CONPRESP, já em 25 de novembro de 2000, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo deliberou a abertura do processo de estudo de tombamento do edifício, que foi aprovado em 2014 com a justificativa da relevância do Conservatório para o panorama cultural de São Paulo desde o século XX, pela importância arquitetônica ligada ao estilo Neoclássico e pela sala de espetáculos no andar superior.

Em 2006, ano do centenário da instituição, José Serra, então prefeito da cidade de São Paulo, determinou a desapropriação do local para a construção do complexo cultural Praça das Artes, que atualmente é administrado pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo. A partir desse momento, a escola passou a funcionar em locais emprestados e com instrumentos de terceiros, além de não contar mais com o acervo de sua biblioteca, até que encerrou suas atividades em 2009, somando um acervo de 12.000 obras e mais de 2.000 alunos.

Após uma série de resoluções dos assuntos administrativos que estavam pendentes ou abandonados, a instituição começou uma jornada para reiniciar suas atividades por meio da Fundação Conservatório Musical e Dramático de São Paulo em 2017. Agora, a FCMDSP foca e trabalha em atividades realizadas por meio de projetos de impacto, que acontecem em todo o país com o objetivo de formação de plateia, ampliação e fortalecimento da música clássica e erudita, além do fortalecimento do setor. A instituição atua para compartilhar sua história e expertise, levando conhecimento para novas gerações por meio de iniciativas que trazem sinergia entre todas as nuances das artes.

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