Com uma trajetória que transita entre dança, piano e gestão cultural, Marta Cesar traz para a Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo (FCDMSP) uma visão enraizada na experiência artística e no compromisso com a transformação social por meio da cultura. Atuando como coordenadora artística da instituição, ela une a sensibilidade de quem viveu a arte no palco à lucidez estratégica de quem pensa em políticas culturais inclusivas e de impacto. Nesta entrevista, Marta compartilha sua visão sobre os desafios e oportunidades da Fundação no cenário cultural brasileiro, fala sobre a importância de democratizar o acesso à música e destaca como tradição e inovação se entrelaçam nos projetos da FCDMSP.
1. De que forma a sua rica experiência como bailarina e professora de piano molda a sua perspectiva como consultora artística da Fundação Conservatório?
Como pessoa ativa em diversas funções na formação, gestão e produção de projetos no setor musical, me sinto com oportunidade de refletir sobre estas vivências dentro de um panorama histórico de profunda transformação que ocorreu em especial a partir deste novo século com mudanças de paradigmas importantes de mundo que reforça esta necessidade de inovação reforçando a relevância de estar reverenciando as tradições.
2. Quais são os principais desafios e oportunidades que se apresentam para a Fundação Conservatório no atual cenário cultural brasileiro?
A Fundação Conservatório ocupa um papel de alta relevância neste contexto, da perspectiva de construção com uma retaguarda de tradição que ancora uma frente de inovação consistente. Sua estatura institucional permite o desenvolvimento de programas robustos na formação musical que trazem benefícios para a população, em especial no processo de formação.
3. De que maneira a Fundação Conservatório busca ativamente promover a inclusão social e o acesso à cultura através de seus projetos?
Através da estruturação de projetos, a Fundação Conservatório amplia sua atuação histórica, reverberando seu papel nesta formação cidadã tanto territorialmente quanto nos perfis de público que propõe atendimento no sentido de democratizar o acesso a diversos públicos que eram tidos originalmente conformados a uma elite.
4. Quais são os seus planos para ampliar o alcance e o impacto dos projetos desenvolvidos pela Fundação Conservatório?
Neste sentido, a Fundação Conservatório tem iniciado a implementação de projetos dentro de um leque de áreas de atuação no setor da música erudita em diversas formatos incluindo o universo operístico
5. Como a Fundação Conservatório concilia a preservação da tradição com a busca constante por inovação em seus projetos?
Dentro dos objetivos destes projetos que propõe um alicerce na construção de um horizonte de inovação, a preservação e o fomento à arte dramática dialogam constantemente trazendo o contexto cênico, seja em debates ou na produção e fruição de obras.
6. Qual é o papel fundamental da arte na formação de crianças e jovens, e como a Fundação Conservatório se dedica a contribuir para esse processo?
Um dos pilares quando se fala em formação é justamente o público infanto juvenil para os quais são curados projetos de cunho pedagógico que privilegiem a fruição artística, que é o elemento de constituição essencial para a formação de indivíduos criativos e críticos.